Morar em um condomínio residencial, com instalações compartilhadas e espaços reduzidos, apresenta seu próprio conjunto de desafios, principalmente em meio à pandemia da COVID-19.
Enquanto as autoridades de saúde orientam o público a manter no mínimo dois metros de distância uns dos outros para conter a propagação do vírus, como fazer isso com sucesso em um prédio de vários andares, com centenas de moradores, usando os mesmos elevadores? Confira a seguir.
Higiene reforçada
Segundo infectologistas de todo o mundo, a principal forma de contágio do coronavírus é por meio do contato com pessoas ou superfícies infectadas, bem como gotículas expelidas por indivíduos que foram contagiados pela COVID-19.
Se uma pessoa infectada tocar os botões do elevador e, em seguida, uma pessoa saudável tocá-los novamente, levando posteriormente as mãos aos olhos, nariz ou boca, esta tem grandes chances de ser infectada. Logo, a higiene das mãos é fundamental, sendo a melhor forma de conter a disseminação da doença.
Por outro lado, cabe à administração do condomínio reforçar medidas de higiene para garantir que todos os ambientes cuja circulação de pessoas é intensa sejam constantemente limpos com álcool 70%. Isso inclui puxadores, interfones, elevadores, corrimãos, entre outros.
Consequentemente, funcionários de condomínios residenciais precisam ter cuidado dobrado. Ao fazer a higiene das superfícies, utilize luvas, descartando-as em seguida. Lave as mãos periodicamente, sem se esquecer de usar máscara.
Vale a pena, ainda, disponibilizar álcool gel próximo a esses locais, além de reforçar a comunicação quanto às boas práticas em tempos de pandemia por meio de cartazes, os quais devem ser afixados em lugares comuns e visíveis aos moradores e funcionários.
Distanciamento social
Outra medida essencial no controle da COVID-19 é o distanciamento social. Apesar de aparentemente isolados do resto da sociedade, os condomínios residenciais são como uma pequena cidade e, portanto, uma potencial fonte de contágio.
Portanto, neste momento é fundamental que áreas comuns, como piscina, academia e salão de jogos, permaneçam fechadas, evitando a aglomeração de pessoas. Este já é um cuidado que vem sendo adotado pela maioria dos condomínios e que deve permanecer em vigor, pelo menos até que o relaxamento da quarentena seja unânime. Ademais, se precisar sair e notar que o elevador está cheio, aguarde o próximo.
Use o bom senso
Durante a pandemia do COVID-19, evite receber visitas, dar jantares ou fazer confraternizações em sua casa. Além disso, este não é o momento para realizar obras não essenciais, já que isso pode colocar em risco tanto a sua família quanto os trabalhadores e demais moradores e, por essa razão, a obra pode ser vetada pelo condomínio.
Respeito à privacidade
O condomínio não é obrigado a informar caso algum morador tenha testado positivo para o coronavírus. Do mesmo modo, o condômino não tem a obrigação de atualizar a administração sobre seus exames. No entanto, há cada vez mais histórias e exemplos de condomínios residenciais que têm se mobilizado para facilitar a rotina dos doentes sem deixar de preservar a saúde dos demais.
Em contrapartida, se o indivíduo comunicar à administração que está com coronavírus, esta pode pedir aos demais que reforcem as medidas de higiene, preservando a identidade do doente.
Juntos, cada um na sua casa
Muitas pessoas optam por viver em condomínios residenciais principalmente por conta da comodidade, lazer e segurança trazidos por suas áreas de convivência. Contudo, devido à pandemia da COVID-19, é dever de todos fazer o possível para achatar a curva de contágio, e os condomínios podem e devem contribuir para que isso seja possível.
Ainda que seja grande a vontade de estarmos juntos, essa é a hora de exercermos ao máximo a nossa solidariedade. Ficar em casa agora é um ato de responsabilidade e cuidado com o próximo. Portanto, saia somente se necessário e, quando o fizer, intensifique os cuidados de higiene.